quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Redução das Receitas do Estado...

"O Estado conseguiu menos 8% de receitas fiscais, em Janeiro, do que no mesmo mês do ano passado. São menos 222 milhões de euros. Só em IRC, as Finanças encaixaram menos 61%."

Seria assim tão difícil de perceber tal cenário? Creio que esse seria o único rumo que seria previsto... Quando olhamos para economistas de "alto calibre" e de pessoas competentes esperamos medidas sérias e possíveis, nunca em situação de crise esperaremos medidas não comprovadas onde seremos nós os contribuintes sujeitos a testes tal qual cobaias. O que me apercebo, é que, o esquecimento das condições básicas de economia são persupostos obrigatórios para exercício do poder... Qualquer aumento signifícativamente excessivo de impostos levará a redução da rentabilidade dos mesmos, teoria estudada através da "Curva de Laffer", ou seja, essa dita curva certamente esquecida por muitos dos nossos governantes diz-nos que, um contribuinte apenas esta disposto a suportar aumentos sucessivos de impostos até certo ponto, ultrapassando esse ponto, o mesmo contribuinte ver-se-á aliciado a não praticar descontos ou até mesmo a não querer trabalhar, originando aumento de desemprego e redução de receitas para o Estado! Seria assim tão difícil de perceber a insustentabilidade financeira das famílias portuguesas e o aliciamento ao fundo de desemprego?

Sinceramente não vejo o espanto da noticia (divulgada no Negócios online) sobre tal situação, espantava-me sim, se as medidas de austeridades insuportavelmente instaladas nas famílias portuguesas dessem um rumo de sucesso à economia portuguesa... O "copy paste" das medidas aplicadas à Grécia não faz de nós nem melhores nem piores, faz sim, com que Portugal pareça um cordeiro perdido em terra de lobos, sujeito a aceitar e a acatar qualquer decisão tomada por elementos especulativos exteriores. Estas medidas sucessivamente impostas, secam as capacidades produtivas sem que se consiga sequer produzir, não existe qualquer mecanismo de protecção ao crescimento económico, ao investimento, ao apoio institucional. O que, sistematicamente temos visto são olhos postos simplesmente em objectivos de curto prazo matando o longo e futuro prazo que poderia vir a ser promissor...

Economia, na sua definição vem do Grego, οικονομία, que significa 'costume ou lei', ou também 'gerir, administrar': daí "regras da casa" ou "administração doméstica", logo, se economia é governar uma casa, será também importante preservar quem nessa casa vive, e sem esquecer as obrigações contraídas, deverá sempre ser tomada em conta a capacidade que se tem de pagar as despesas sem que se perca as condições mínimas de uma vida decente, e quando o nosso esforço traduz-se em "menos-valias", então, certamente deverá ser preferível mudar de rumo, e encontrar caminhos que realmente nos levem à sustentabilidade económica, e quiçá, a caminhos que nos tornem auto sustentáveis.

Deixe-mos as palas de lado e olhemos para os caminhos possiveis de serem percorridos!

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